O DIA EM QUE ME DEPAREI COM UM CADÁVER
Era uma terça feira do mês de abril, abri os olhos cheios de
preguiça, consultei o relógio: seis e meia; fazia um friozinho gostoso que
convidava para ficar um pouquinho mais na cama, mas me enchi de coragem e
levantei; fui até o banheiro escovar meus dentes e lavar meu rosto, a água
estava fria e me despertou.
Escutei a campainha da porta, enxuguei meu rosto depressa e fui
até ela, olhei pelo olho mágico, não vi ninguém, mas a curiosidade fez com que
eu destrancasse a fechadura e abrisse a porta para ver o engraçadinho que tocou
minha campainha tão cedo assim.
Que susto! Tinha um homem estendido na soleira da minha porta.
Olhei o corredor para ver se encontrava alguém, não vi ninguém. Abaixei-me e
coloquei meus dedos no homem, senti que seu corpo estava frio e rígido. Uma
sensação estranha percorreu o meu corpo, um misto de medo e estranheza, nunca
tinha tocado em um cadáver, sempre tive medo de por mão em defunto, até nos da
família; e agora, eu estava sozinha ao lado de um.
Levantei-me, e ainda meio atordoada com a constatação de que havia
um homem morto, estendido na porta do meu apartamento, dei um passo para trás e
consegui forças para correr até o telefone e discar para a Central de Polícia.
Um policial atendeu a chamada. Eu tremia muito, estava quase sem
voz, mal conseguia dizer do que se tratava. Com os pensamentos desconectados
com a realidade, achei que a polícia poderia me considerar culpada pela morte.
Este pensamento me fez paralisar; pensei em desligar o telefone e dar um jeito
de sumir com o corpo, sabia que não conseguia colocá-lo no saco de lixo e pô-lo
na lixeira, mas pensei em picar o corpo com um machado, como os açougueiros
fazem nos açougues. Mas achei difícil de executar esta ideia, pois eu não tinha
machado e depois eu não teria coragem de esquartejar uma pessoa, mesmo que ela
estivesse morta. Eu não estava achando solução nenhuma para o problema que eu
tinha que resolver.
Neste momento surge na sala meu marido, me perguntado o que estava
acontecendo, para quem eu estava ligando. Então falei que era para a polícia,
porque tinha um homem morto na porta.
Ele foi lá, olhou, colocou os seus dedos na jugular, olhou para
mim e disse para eu falar para o policial que havia um homem morto na nossa
porta e passar o endereço.
Comecei a me senti melhor, não estava mais sozinha com um cadáver
na minha frente. Dei a notícia para o policial e o meu endereço.
A polícia demorou um pouco, mas, enfim, chegou, constatou que o
homem estava morto e fez várias perguntas para mim, meu marido e para os
vizinhos que estavam no corredor. Todos falavam muito sobre quem poderia ter
feito isto, ninguém conhecia a vítima, e estavam com muito medo de ter no
prédio um morador homicida.
Oi Rosely, meu nome é Abigail, sou aluna da Rosemeire, gosto muito de ver o blog,só achei que o final ficou faltando algo para entender qual a causa da morte, assim não ficaria no ar se existe ou não um homicida por perto,sua cronica lembrou muito a cronica da Rosemeire, achei tambem que seria muito sangue frio, cortar uma pessoa, eu não pensaria jamais em algo do tipo.
ResponderExcluirBoa sorte.
Abigail
Olá Abigail!
ResponderExcluirAs crônicas vão ficar parecidas, porque nós do grupo de estudos do curso de formação tínhamos que seguir uma certa sequência que estava na atividade proposta...
Atenciosamente
Rosemeire
Obrigada por acompanhar o blog