quarta-feira, 30 de maio de 2012

Florbela Espanca


Florbela Espanca ( Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1984 - Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930 ), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade. Abaixo um de seus sonetos:

A FLOR DO SONHO

A Flor do Sonho alvíssima, divina
Miraculosamente abriu em mim,
Como se uma magnólia de cetim
Fosse florir num muro todo em ruína.

Pende em meu seio a haste branda e fina
E não posso entender como é que, enfim,
Essa tão rara flor abriu assim!...
Milagre... fantasia... ou talvez, sina...

Ó Flor que em mim nasceste sem abrolhos,
Que tem que sejam tristes os meus olhos
Se eles são tristes pelo amor de ti?!...

Desde que em mim nasceste em noite calma,
Voou ao longe a asa da minha alma
E nunca, nunca mais eu me entendi...

Florbela Espanca


Um comentário:

  1. Olá professora, linda a poesia,alegra a alma, acalma.
    Minha opinião é que quando pensamos que tudo está perdido, surge uma luz, uma esperança, e sentimos o operar de Deus, o coração ás vezes amargurado, dá a impressão mesmo de um muro em ruinas, mas; Deus que é cheio de misericórdia, faz a paz aumentar, e a paz é calmante, aconchegante, dando a impressão de leveza, assim como a suavidade de um cetim, e a flôr alvissima é a alma pura e consolada, ai temos a certeza que Deus é perfeito.
    Deus te abençoe!

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